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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Policiais civis de São Paulo realizam uma manifestação no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) na tarde desta terça-feira, para pressionar o governo do Estado por aumento salarial, melhoria nas condições de trabalho e reestruturação das carreiras policiais. Eles ameaçam entrar em greve em agosto caso o governo não se demonstre disposto a negociar.

Segundo o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo, João Rebouças, a categoria se reunirá no dia 5 de julho para elaborar um plano de reivindicações, que será encaminhado ao governo do Estado no mesmo dia.

Entre os pedidos estão a reestruturação das carreiras policiais, a implantação de uma aposentadoria especial para a categoria e aumento salarial dos policiais civis, em adequação com a lei de 2008, que equipara o salário base da categoria a pessoas concursadas de nível superior.

A categoria dará prazo até o dia 31 de julho para que o governo responda as demandas. Caso não fique clara a disposição em negociar, os policiais ameaçam paralisar os serviços a partir de agosto, deixando apenas 25% do efetivo trabalhando.

“Não é possível continuar como está. A situação da Polícia Civil em São Paulo não é um problema só da categoria, é um problema da população, é um problema de segurança pública”, afirmou Rebouças.

O protesto começou por volta das 15h, e ocupou apenas uma das faixas da avenida Paulista, sentido Consolação. Por conta da manifestação, o trânsito na região ficou movimentado. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo orienta os motoristas para que evitem a região.

A manifestação é organizada pelo Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Policiais Civis de São Paulo, e conta com o apoio do Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo. 

Além desses grupos, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), que desde a última semana ocupa a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em protesto por melhorias para a categoria, apoia o movimento. 

Protesto acabará às 17h para evitar tumulto
Para evitar tumulto, os policiais civis não realizarão passeata, e ficarão no vão-livre do Masp até às 17h. Eles querem evitar se encontrar com a manifestação marcada para hoje, do Movimento Passe Livre, contra o aumento no preço da tarifa de transporte público em São Paulo. O grupo contra a mudança no valor da passagem agendou a manifestação exatamente às 17h, na praça do Ciclista, que fica no cruzamento da avenida Paulista com a rua da Consolação. 

Já um grupo ligado aos SindSaúde que está no local afirmou que fará uma passeata do vão-livre do Masp em direção a Assembleia Legislativa do Estado.  

Por conta dos protestos, a PM aumentou o efetivo na região, com 200 policiais. A Tropa de Choque também pode ser acionada.

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