Eu cometi erros', diz Cabral sobre onda de manifestações no Rio
Governador falou sobre a queda de sua popularidade em entrevista à CBN.
'Erros de diálogo, erros de incapacidade de dialogar', disse o governador.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, diz
ter cometido erros (Foto: Adriano Ishibashi/Frame/
Estadão Conteúdo/29.7.2013)
O governador do Rio de Janeiro,
Sergio Cabral, afirmou nesta quinta-feira (1º) que cometeu erros em seu
segundo mandato. Em entrevista à Rádio CBN, o governador afirmou que
houve “erros de diálogo” ao ser questionado sobre as recentes
manifestações que pedem sua saída do cargo.ter cometido erros (Foto: Adriano Ishibashi/Frame/
Estadão Conteúdo/29.7.2013)
“Sem dúvida, aqui no Rio, eu também cometi erros. Erros de diálogo, erros de incapacidade de dialogar, que sempre foi a minha marca. Galeria cheia, vaiando, e me aplaudindo eu tive a vida inteira (...) Acho que da minha parte faltou mais diálogo, uma capacidade de entendimento e de compreensão, poderia citar várias situações em que essas questões se deram. Mas eu não sou uma pessoa soberba, que não está aberta ao diálogo. Para mim, a democracia é um bem intangível”, disse Cabral.
Apesar das manifestações na esquina de sua casa, no Leblon, na Zona Sul, Cabral voltou a afirmar que não vai se mudar para o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo. "Não havia a menor condição de morar no palácio, por isso estamos em reforma. Acho que o governante tem quem morar na residência oficial."
Manifestação na esquina de casa
Manifestantes ainda ocupam, na manhã desta quinta-feira (1º), a esquina da Rua Aristides Espínola, com a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, na Zona Sul do Rio, onde mora Cabral. O grupo está no local desde domingo (28), com um protesto intitulado "Ocupa Cabral". Eles pedem mais dinheiro para saúde e educação.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura da cidade, por volta das 3h30, a Delfim Moreira chegou a ser totalmente interditada, no sentido São Conrado. Às 6h40, a via foi liberada, mas duas faixas permaneceram ocupadas. O trânsito, no entanto, fluía normalmente no local.
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ConfrontoNa noite de quarta-feira (31), uma manifestação que começou pacífica e teve mais de 700 pessoas para pressionar o Ministério Público do Rio a investigar gastos públicos do governador teve seu momento mais tenso num confronto na Câmara Municipal, no Centro, que foi invadida por volta das 21h.
Terminado o ato, por volta de meia-noite, cerca de 70 pessoas partiram para o Leblon rumo a casa do governador. Não houve registro de confusão, segundo a Polícia Militar.
Protestos violentos e a 'nova PM'
No último dos atos violentos, no dia 22, data da chegada do Papa Francisco ao Brasil, o jovem Bruno Teles foi preso acusado de ter atirado um explosivo contra policiais. Imagens da internet, no entanto, mostraram o jovem desarmado no momento da agressão e seu caso foi arquivado. Na ocasião, oito jovens foram detidos.
Após este ato, um grupo de PMs, que usam uniformes com identificações de letras e números (os “alfa-numéricos”, como já são chamados), sem nomes, foi montado especialmente para acompanhar as manifestações, caminhando juntos com o grupo e tentando dialogar.
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